sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
A UM OVO PODRE NÃO SE CHOCA
Em primeira instância, o Dr. Bandarra se vale de um conceito popular para aquilatar a fé cristã. Para o autor, "a fé é uma força de intolerância importante no mundo", uma vez que sua característica mais perceptível seja a irracionalidade. A argumentação circular até chega a admitir que "fé sempre é irracional. Senão, não seria fé. Seria evidência." O equívoco é flagrante: embora a fé exija confiança (presente no termo grego "pistis"), esta confiança está condicionada a um relacionamento com Deus e às evidências que Ele fornece. Fé e evidência não são elementos mutuamente excludentes, tanto que a palavra hebraica para fé traz a conotação de algo correto, confiável, digno de crédito. A tradução de Hebreus 11:1, segundo sugerem alguns comentários, poderia perfeitamente ser: "Agora, fé é a substância das coisas esperadas [uma espécie de prêmio antecipado], a evidência das coisas que não se vêm." A genuína fé cristã se relaciona com a evidência bíblica (Rm. 10:17), mas também com a própria realidade externa, dentro da ótica de um Universo aberto. (para uma discussão mais ampla sobre diferentes concepções de realidade, veja mais aqui e aqui).
Outra confusão recorrente na mídia em geral é tomar racionalismo por racionalidade. O primeiro se refere a uma postura filosófica, para qual a necessidade de metafísica fica reduzida ao campo do incognoscível ou, pior, do inexistente. Para o racionalista, a razão humana é plenamente confiável e constitui nosso único guia para o conhecimento dentro do universo fechado. Mas, curiosamente, o racionalismo acaba levando à irracionalidade (além da referência anterior, consultar "A racionalidade e suas travas"). A racionalidade, para um teísta bíblico, é algo admissível, sem representar um fim em si mesma, porque se entende que a razão não expressa o homem em sua totalidade, além de a razão ter sido afetada pelo pecado. Assim, mesmo a razão pode ser vítima de uma vontade distorcida, fazendo do otimismo humanista mera ilusão (leia sobre isto aqui).
Além das confusões supra-citadas, o médico de Porto Alegre relativiza o Cristianismo. Bandarra se esquece (ou desconhece) que, mesmo em uma leitura superficial dos evangelhos se chega à conclusão de que Jesus não deixou muitas opções; Cristo tratava a verdade como algo absoluto, oferecendo aos Seus ouvintes a oportunidade de crer ou descrer, nada mais. Quando ouvimos de Seus lábios a sentença "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim." (Jo. 14:6), não podemos imaginar que haja um espaço para verdades alternativas - afinal, Ele não afirmou ser "um dos possíveis caminhos, uma das prováveis verdades e um tipo de vida". A segunda afirmação é ainda mais radical: "ninguém vem ao Pai, senão por mim". Sem dúvida, Jesus mostrou-Se audacioso em negar outros sistemas religiosos enquanto reivindicava a veracidade exclusiva de Sua própria Pessoa e de Suas doutrinas. Cristianismo mais ameno ou "tolerante" do que isso não corresponde à intenção original do Messias audacioso.
Da ótica de que o cristão é governado por uma Revelação supra-natural, que transcende o mundo físico sem negá-lo, a seguinte acusação se torna descabida: "[...] Assim, crer em que Jesus do mito foi Deus faz parte das possibilidades das pessoas simples em se enganarem e serem enganadas por pregação, textos e imagens criadas com este fim. A cristandade não inovou isto, a não ser negando o judaísmo. Assim com as crenças em deuses que foram descartados com o tempo e melhor reflexão. O que mostra que não são imortais e nem que os sentimentos sejam bons conselheiros da verdade." Seja o que for que o autor tenha tentado expressar com esse texto truncado, não fez mais do que criar uma multidão de sons desconexos. O Cristianismo não é uma fuga, mas uma interpretação da realidade, que deve ser avaliado em suas propostas, assim como o Naturalismo esposado por Bandarra. Acontece que é mais cômodo atribuir à fé cristã a categoria de irracionalidade, de mito, para descartá-la como possível concorrente de uma postura racionalista. Curiosamente, o doutor de Porto-Alegre critica acidamente o Cristianismo, sem abrir a possibilidade para que se questione sua filosofia pessoal, tratando-a a priori como verdadeira e superior, numa nítida demonstração de falta de senso auto-crítico.
O que se percebe, sobretudo, é uma estratégia antiquada: a negação da plausibilidade do Cristianismo a partir de seu livro-texto, a Bíblia, taxado como mitológico. Perceba-se a falta de nexo e embasamento histórico na construção medíocre de Bandarra: "Assim, este homem que nada deixou escrito e sabemos apenas por seus propagandistas não mostrou dotes superiores. Podia menos do que o mito de Moisés. Fez muito menos e durou pouco tempo para um profeta do antigo testamento. Que, por sinal, nem sabemos de que forma foi escrito, pois não existem provas de que Matheus, Lucas, Marcos e João realmente escreveram os chamados evangelhos sinóticos, e assim mesmo foram escritos décadas depois de ocorrido os fatos. Fácil de inventar vaticínios, profecias de ocorrências anteriores do escrito. Nada de novo na história do ilusionismo. E aqueles textos que desagradaram o catolicismo foram destruídos definitivamente."
Pobre doutor, hóspede em Teologia! Ninguém lhe avisou que (1) Jesus, embora não deixando registros escritos, influenciou a mentalidade ocidental muito mais do que qualquer outro na História; (2) O próprio Moisés era um instrumento humano, que cometeu falhas, enquanto Cristo foi tido como isento de pecado (Hb. 4:15); (3) João não escreveu nenhum evangelho sinótico, porque apenas os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são considerados sinóticos (ou seja, são semelhantes entre si); (4) Numa cultura em que não havia facilidade de se registrar literariamente fatos, a memória era muito importante e, por isso, os estudiosos atribuem a preservação das palavras de Jesus à tradição oral, o que combina com o método que Lucas usou para escrever seu relato da vida de Jesus (Lc 1); (5) Os evangelhos ditos apócrifos foram rejeitados séculos antes do surgimento do Catolicismo. Qualquer leitor bem informado conhece esses fatos que Bandarra ignora ou finge não saber (Leia mais sobre a autoria dos evangelhos e resposta aos críticos aqui e aqui).
De fato, a leitura da Bíblia feita em "O ovo da intolerância" prova as lacunas intelectuais de seu redator. Ler apressadamente um texto pode levar a conclusões aparentemente cabíveis, que, sob análise mais acurada, mostram-se estapafúrdias. Quem lesse, por exemplo, o parágrafo citado acima, escrito pelo senhor Paulo Bandarra, chegaria à indubitável conclusão de que não se estuda gramática ou rudimento de lógica nas faculdades de Medicina, percepção que o convívio com médicos mais respeitáveis facilmente desfaria! Semelhantemente, o descuido com a leitura da Bíblia e a ignorância com relação aos debates teológicos mais recentes desqualificam o trabalho do bem intencionado residente de Porto-Alegre.
De alguém que apresente esta deficiência quanto à leitura da Bíblia, é de se esperar que leia de forma igualmente seletiva opiniões contrárias às suas, como de fato pode-se ver que Bandarra tem feito em relação ao que escrevi. Mas ninguém pode negar que o Cristianismo forneceu as bases para uma revolução cultural, inclusive científica, a partir do século XXVI (Veja mais sobre isto). Seria mais produtivo que Bandarra avaliasse a questão sobre as origens a partir das duas propostas, Criacionismo e Evolucionismo, levando em conta que ambas possuem um elemento científico e outro filosófico. A partir daí, ele poderia verificar as evidências que favoressem esse e aquele modelo, para optar, racionalmente, qual das duas propostas possui maior coerência. Seria pedir demais?
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
A MOEDA DO CÉU
Gerard Manley Hopkins
Meridiana. Há no cárcere perspicácia?
Ah! Do alecrim à acácia, eu vi seu tom; pois que esse
Fechar de pálpebras esmalta com sangue os platôs.
Perante isto que se expôs, falta audácia!
E se torce – singra a norma. O halo informa:
Fios diáfanos a entreter pétalas. Segreda uma ave.
E na surdina, pulso suave. A negra cópula
Fuja escápole pela fresta que desbrave,
Vêm migalhas-prata-espadas. Abaixo, eu
Presto-me a andar, pés migratórios na agonia ágil.
Que sei da súplice harmonia, eu, adágio? Enquanto
Bens contava, fez-se em paz um bem santo:
Para a alma símplice, surge a moeda do Céu, tão frágil…
O Deus-Ser-Pleno, tendo trazido a ordem terrestre,
Fez o sábado, sóbria efígie de Seu rosto,
E abriu as células às pobres lentes: vejam o ofício
Seque as lágrimas, pois a pressa acorrenta,
E o sonho é ser na tela astro-átimo (ócios de ofídios).
Eu já carpi, tom de anaconda, cenho alquebrado,
Ignorando esse crebo espetáculo com seus subsídios:
Um alerta chega em linhas no ar, maiúsculo;
Só aquela ave aciona o músculo da voz solene.
Mais outra vez confecciona-se a paz e a calma,
Para que à alma Deus com mesclas mais acene.
Que desenha as fagulhas da mudança;
Desbarata o último canteiro escuro e embriagado,
Fóton-factual que nos decanta com seu bom-dia
(Com o sol, bons e maus Deus alcança).
Engenheiro Coelho(SP), 27 de Novembro de 2000, às 22:34h.
2ª versão:Itajaí(SC), terminado em 1º de Março de 2008, 16:38h.
PORNOGRAFIA NA INTERNET: COMO PROTEGER SEUS FILHOS
sábado, 21 de fevereiro de 2009
O PETISTA QUE ERA ECUMÊNICO
[2] “O papa comete um erro após o outro”, Hans Küng em entrevista cedida à Carina Rabelo, Isto É, 18 de Fevereiro de 2009, nº 2049, pp. 6-11. De agora em diante, apenas “HK/IE”
[3] “HK/IE”, pp. 11 e 10.
[4] Como os protestantes em geral o fazem, ao interpretarem que a Pedra (Gr. “Petra”, rocha) sobre a qual seria estabelecido o Reino se referia ao próprio Cristo, em contraste com a pedra (Gr. “petrós”, pedregulho) que reporta ao próprio Pedro.
[5] Hans Küng, “A igreja Católica”, p. 35. Além disso, o autor suíço acrescenta: “Na primeira igreja, Pedo sem dúvida possuía uma autoridade especial; entretanto, não a possuía sozinho, mas sempre conjuntamente com outros. Ele estava longe de ser um monarca espiritual, ou mesmo um governante único. Não há sinal de nenhuma autoridade exclusiva, quase monárquica como líder.” Idem, pp. 35 e 36.
[6] “HK/IE”, 11.
[7] “Mas se quisermos causar um impacto em nossa cultura, o primeiro passo deve ser o de nos unirmos a Cristo, fazendo um esforço consciente entre todos os verdadeiros crentes para nos unirmos a despeito das linhas raciais, éticas e confessionais. Em sua grande oração sacerdotal, Jesus orou fervorosamente para que fôssemos um, assim como ele é um com o Seu Pai. Por quê? Para que o mundo creia que Ele é o Cristo (veja Jo. 17. 20-23). A implicação inevitável das palavras de Cristo é a chave para a evangelização e para a renovação cultural. Muito da fraqueza da igreja pode ser atribuída â nossa incapacidade ou indisposição para obedecer à ordem de procurar a unidade em Cristo.” Charles Colson e Nancy Pearcey, “O cristão na cultura de hoje: desenvolvendo uma visão de mundo autenticamente cristã” (Rio de Janeiro, RJ: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2006), 2ª ed.,pp. 49 e 50. Uma resposta a esse tipo de argumento, bastante repisado, encontra-se em http://questaodeconfianca.blogspot.com/2009/01/catlicos-e-luteranos-mais-prximos-da.html.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
TECIDO PROPOSITALMENTE
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
CIÊNCIA ARROGANTE E DOGMATISMO INFUNDADO: OS EXTREMOS NO CASO GALILEU
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
CICATRIZAÇÃO
Mas de onde estou sentado posso ver os Teus feitos.
Dos canaviais. Queriam me enterrar de vez. Entre
Vultos cismei. Meus gritos só achavam Teus ouvidos.
Quantas vezes clamava, querendo algum motivo
A fim de deixar a obra para trás? Fui detido.
Cresci quase à altura de homens, eu que era verme!
O corpo de anelídeo tornou-se como pedra.
Fui batizado numa tempestade. O cinismo
Expulso deu espaço para a junção de peças;
Cada cicatriz leva Teu bálsamo estampado.
HAPPY BIRTHDAY, DEAR CHARLY
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
CANSADO DAS VERSÕES OFICIAIS DOS FATOS?
Outra Leitura. Para quem não tem medo de pensar diferente.
SANTA CÁSSIA ELLER, BATMAN!
domingo, 8 de fevereiro de 2009
A DARWIN O QUE É DEUS...
PÓS-MODERNIDADE: BREVE OLHAR CRÍTICO SOBRE SUAS RAÍZES E PERSPECTIVAS À LUZ DE 2 PEDRO 3 - parte 1
O estranho quadro acima não descreve a situação de um refém sequestrado por criminosos ou mesmo mantido em alguma prisão militar. O cativeiro descrito é onde se encontra o homem do Pós-Modernismo. A concepção da realidade, a partir do período iluminista, atravessando a Modernidade até o advento da Pós-Modernidade, impede o homem de se realizar, enquanto ser pessoal, aprisionando-o em um Universo vazio[1]. A única esperança existe em bases subjetivas, fantasiosas. A realidade é implacavelmente desesperadora.
As críticas à esperança na segunda vinda de Cristo repercutiam no final da era apostólica. Não é simplesmente o aparente atraso de Jesus que pende na balança – a própria impossibilidade de uma intervenção divina está no cerne do argumento, porque, para os críticos, “tudo continua como desde o princípio da criação.” A alegação sobre a falta de evidências de que um deus superior atuasse no mundo físico mina o senso de alerta e preparo que Pedro evoca no contexto do julgamento prestes a vir (1 Pe. 1:13; 2:23; 4:45; 5:1; 2 Pe. 2:4-16). Esta visão dos críticos, conforme esboçada pelo apóstolo Pedro – (1) Não há intervenção divina na história humana, (2) Não há um Deus ou entidade superior a quem prestar contas e (3) Tudo o que há é o que se apresenta no mundo físico, o qual permanece inalterável –, é compatível com os pilares do Naturalismo, uma visão de mundo concorrente com a fé cristã. O Naturalismo moldou o curso da História, levando o Ocidente da Idade Média à Idade Moderna. O fruto mais recente do Naturalismo é o Pós-Modernismo.[3]
[1] Esta descrição é uma ampliação das afirmações de James W. Sire, no seu clássico “O Universo ao lado: a vida examinada:” (São Paulo, SP:Editora Hagnos, 2004), p. 106.
[2] Em certo sentido, o texto bíblico de que iremos tratar já tem sido explorado em suas implicações contrárias à concepção de um universo fechado até por autores não-adventistas; para um exemplo, ver Michael Green, “II Pedro: Introdução e Comentário” (São Paulo, SP: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 2007), série Cultura Bíblica, 5ª reimpressão, pp. 121-124.
[3] “O pós-modernismo como apresentado não é uma cosmovisão completa. Mas é uma perspectiva que tem modificado várias cosmovisões, sendo uma das mais conhecidas o naturalismo. Na verdade, o melhor caminho para pensar sobre grande parte do pós-modernismo é vê-lo como a mais recente fase do moderno, a mais recente forma de naturalismo.” James Sire, opus. cit., p.232.
[4] Uma interessante e sucinta história do surgimento da Ciência, dentro de um contexto cristão, e seu desenvolvimento cada vez mais autônomo, sob o influxo do Naturalismo, pode ser encontrada em Colin A. Russel, “Correntes cruzadas: interações entre a ciência e a fé” (São Paulo, SP: Hagnos, 2004).
[5] Jürgen Habermas, “O discurso filosófico da modernidade” (Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1998), p. 14
[6] Hans Küng, “A Igreja Católica” (Rio de Janeiro, RJ: Objetiva, 2002), p. 190.
[7] Os Guiness, “O Chamado: uma iluminadora reflexão sobre o propósito da vida e seu cumprimento” (São Paulo, SP: Cultura Cristã, 2001), pp.99 e 101.
[8] Richard Dawkins, “O Rio que saía do Éden: uma visão darwiniana da vida” (Rio de Janeiro, RJ: Rocco, 1996), p. 91 e “Desvendando o arco-íris: Ciência, ilusão e encantamento” (São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2000), p. 9. Grifos meus.
[9] Dinesh D’Souza, “A verdade sobre o Cristianismo: Por que a religião criada por Jesus é moderna, fascinante e inquestionável” (Rio de Janeiro, RJ: Thomas Nelson Brasil, 2008), p.46. O autor está parafraseando o pensamento de Daniel Dennet, autor de “A perigosa Ideia de Darwin”.
PÓS-MODERNIDADE: BREVE OLHAR CRÍTICO SOBRE SUAS RAÍZES E PERSPECTIVAS À LUZ DE 2 PEDRO 3 - parte 2
PÓS-MODERNISMO: A ÚLTIMA ESTAÇÃO
[1] James Sire, “O Universo ao Lado”, pp. 101-103.
[2] Randy Thornhill e Craig T. Palmer, “The natural history of rape: biological bases of sexual coercion” (Cambridge, Massuchusets:MIT Press, 2000). O livro repercutiu no Brasil através da matéria de Mario Sabino, “O estupro é ‘natural’?”, publicado em Veja, 15 de Março de 2000, p. 152. Para uma avaliação do livro de uma perspectiva cristã, ver Nancy Pearcey, “Verdade Absoluta: libertando o Cristianismo de seu cativeiro cultural” (Rio de Janeiro, RJ: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2006), pp. 235-236.
[3] Conforme publicado no jornal A Notícia, 2 de Janeiro de 2009, nº 24.753, seção “Canal Aberto”, p. 6.
[4] Francis Schaeffer, “A Morte da Razão” (São Paulo, SP: Aliança Bíblica Universitária do Brasil; São José dos Campos, SP: Editora Fiel da Missão Evangélica Literária, 1989), 5ª ed., p. 44. Para uma análise mais detalhada da insuficiência do Naturalismo, ver James W. Sire, “O Universo Ao lado”, pp. 81-91, 95-113.
[5] Sobre contra-cultura, drogas e misticismo, consultar: (A) Fernando Aranda Fraga, “Pós-Modernismo e Nova Era: as conexões sutis”, Diálogo Universitário, vol. 9, nº 3, 1997, p. 11; (B) Os Guinnes, “The dust of Death” (Dowers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1973), capitulo 7, pp.232-269; (C) Francis Schaeffer, “A Morte da Razão”, pp.52 e 53.
[6] Depoimento de Ivan da Costa, um dos amigos do poeta Paulo Leminski, falando sobre o consumo de drogas entre o grupo de pessoas reunidas em torno do artista, em Toninho Vaz, “Paulo Leminski: o bandido que sabia Latim” (Rio de Janeiro, RJ: Editora Record, 2001), p. 90.
[7] David Well, “A supremacia de Cristo em um mundo pós-moderno”, em John Piper e Justin Taylor (org.), “A supremacia de Cristo em um mundo pós-moderno” (Rio de Janeiro, RJ: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2007), 26.
[8] Antônio Carlos Perucci, “A religião como solvente - uma aula", disponível em http://www.cebrap.org.br/imagens/Arquivos/religiao_como_solvente.pdf, p. 10.
[9]Fabiana Luci de Oliveira "O campo da sociologia das religiões: secularização versus a 'Revanche de Deus'”, disponível em www.periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/viewPDFInterstitial/724/574, pp.5-7, 11-12. A autora está discutindo a posição de Antônio Carlos Perucci, sobre a chamada “desmoralização” da religião, com a qual não concorda; Oliveira apresenta a alternativa de uma mudança de aspecto na religião, que, segundo a autora, continuaria influente no mundo moderno. Em nossa avaliação, Perucci e Oliveira estão, cada qual, olhando para lados opostos da mesma moeda, sendo possível conciliar suas opiniões a respeito da religiosidade moderna.
[10] Zygmunt Bauman, “Modernidade e ambivalência”, (Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar Editor, 1999), pp. 17-18 e “O mal-estar da pós-modernidade”, (Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar Editor, 1997), p. 56.