sexta-feira, 11 de abril de 2008

E EU LHES DECLARO...MARIDO E MARIDO!

Ao som de atabaques e sob os olhares atentos de cerca de 370 convidados, o jornalista Felipeh Campos, 34 anos, e o produtor de moda Rafael Scapucim, 26, se casaram em cerimônia religiosa realizada na última quinta-feira, em São Paulo.

Os noivos, que namoram há cinco anos, fizeram questão de manter a tradição, e chegaram ao local com cerca de 40 minutos de atraso. Assediados por jornalistas e fotógrafos, o casal só conseguiu iniciar a cerimônia cerca de 15 minutos depois.

Vestindo batas brancas e descalços, os noivos traziam nas mãos terços de pimenta vermelha. Na cabeça, ambos ostentavam coroas de folhas enfeitadas com a ecodidé, pena de uma ave sagrada para o candomblé que, segundo eles, só pode ser encontrada na Nigéria.

Rafael e Felipeh caminharam até o altar acompanhados de suas respectivas mães, Valéria Aparecida e Maria de Fátima, que não escondiam a emoção de verem seus filhos oficializarem a união.

"Eles estão realizando um sonho e estou muito feliz pelos dois. Nunca tive problemas com a opção sexual do meu filho e acho que quem não os aceita deve ao menos respeitá-los", afirmou a mãe de Rafael. "Se Felipeh está feliz, eu também só posso estar contente", completou Maria de Fátima, que levou as alianças até o altar.

Tradição e modernidadeO casamento foi celebrado por Pai Cido de Oxum, que ministrou o ritual orientado pelo candomblé, religião dos noivos.

Durante a cerimônia, com cânticos entoados por um coral de baianas, o babalorixá falou sobre a importância do respeito às diferenças. "O sexo dos noivos não importa, o que interessa é o amor. A natureza não tem sexo", resumiu.

Outros casais gays aproveitaram o clima de romance para reafirmarem seu amor, com carinhos e beijos discretos. Sem conseguirem segurar as lágrimas, os noivos seguiram à risca a tradição: trocaram alianças e celebraram o enlace com um beijo apaixonado.

A benção matrimonial que diz que os recém-casados devem ficar juntos "até que a morte os separe", porém, foi substituída por uma frase mais realista. "Sejam felizes, e no dia que o amor não mais existir, se afastem sem mágoas e sem rancor", pediu o Pai Cido de Oxum.

Com uma pomba branca nas mãos, Felipeh e Rafael deixaram o altar sob uma chuva de arroz cor-de-rosa e caminharam até a rua, onde libertaram o pássaro sob os aplausos dos convidados.

O casamento foi acompanhado por convidados famosos, como as ex-BBBs Íris Stefanelli e Jaqueline Khury e a musa de Vinícius de Morais, Helô Pinheiro.

"Conheço Felipeh há muitos anos e fiz questão de estar aqui, para prestigiar a alegria deles. A vida é muito curta, temos que celebrar sem preconceitos", afirmou a eterna Garota de Ipanema.

Festa à brasileiraLogo após a cerimônia religiosa, a pista de dança foi tomada pelos convidados, que dançaram ao som de hits como I Will Survive e YMCA. No cardápio, pratos tipicamente brasileiros como arroz carreteiro, feijão tropeiro e escondidinho.

Pouco antes de cortar o bolo - decorado com bonequinhos representando os noivos -, Felipeh surpreendeu ao subir ao palco para cantar a música É Preciso Saber Viver, de Roberto Carlos, ao lado do marido, Rafael.

Além dos tradicionais bem-casados, envoltos com fitas do Senhor do Bonfim, os convidados do casamento foram brindados com pastilhas de chocolate em pequenas garrafinhas de vidro, chamadas de "pílulas do amor".

"Queríamos brincar com o espírito lúdico do amor. Quem tomar a pílula vai se contaminar com a paixão e alegria que sentimos", contou Felipeh.

Sonhos comunsOs recém-casados embarcam hoje para a lua de mel em São Francisco, nos Estados Unidos. Apesar da originalidade da celebração, os desejos da dupla são idênticos aos de outros casais que oficializam suas uniões diariamente.

"Estou realizado. Agora só quero mesmo ser feliz e trabalhar muito. Mais para frente, pretendemos adotar uma criança", finalizou Felipeh, emocionado.

Fonte: Terra (colaboração: Adilson Câmara)

Em nossa sociedade permissiva, certos comportamentos são tolerados e defendidos, na categoria de "escolha individual". Porém, nosso direito de escolha também pode ser usado de forma moralmente incorreta; qual é o limite?

É impossível se estabelecer limites humanos. Apenas nas Sagradas Escrituras podemos encontrar uma norma moral segura, na qual se apoiar. "Se um homem se deitar com outro homem, como se fosse com mulher, ambos terão praticado abominação; certamente serão mortos; o seu sangue será sobre eles." Levíticos 20:13. Deus, em Pessoa, definiu a prática homossexual como algo abominável - repulsivo - aos Seus olhos divinos.

Isso deveria bastar como critério comportamental. Independente do que certos grupos de pessoas defendam, para os cristãos apenas a Bílbia pode estabelecer critérios morais seguros (o que não nos concede o direito de discriminar, ofender ou atacar, de qualquer forma, as pessoas que fazem escolhas moralmente anti-bíblicas; apenas podemos combater suas ideologias e, trabalhar para que os indivíduos que vivem de forma diferente do que Deus solicita aceitem as orientações dEle, que se acham na Revelação/Bíblia).

4 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente, para muitos professos "cristãos" a citação "apenas a Bílbia pode estabelecer critérios morais seguros" não faz sentido.

Já existem comunidades cristãs homossexuais. Por exemplo:

"A Igreja da Comunidade Metropolitana de São Paulo, (...) testemunha o Evangelho inclusivo à comunidade GLBT em todo o mundo..." (http://www.flickr.com/people/icmsp)

Que "cristianismo" pode ser esse, que prega uma salvação *nos* pecados? Que conceito de Deus esses "cristãos" podem ter?

Unknown disse...

Olha isso e uma vergonha como eles podem achar que estão ciquindo a Deus mesmo pecando isso é cristianismo?.Acho que não pois Deus deixou uma raça na Terra que seria a raça Humana com duas "opções" de sexo no caso o masculino e o feminino e os dois deviam ser sintir atraidos mas eu acho que não e o que ta acontecendo está totalmente errado.
Respeito as escolhas deles mas isso não é ser cristão.

juju silva disse...

na minha opnião DEUS fez o homen para mulher e a mulher para o homen e nao homen com homen com homen e mulher com mulher eu nao concordo mas tenho que respeitar ne

Anônimo disse...

Não tenho preconceito quanto a isto, e cada ser humano tem o direito de fazer o que bem deseja da sua vida...porem, limites existem...esta reportagem é um desrespeito a sociedade, aos bons costumes...Casais, ditos normais, não ficam mostrando sua intimidade por ai, mas, a maioria dos Homossexuais, pelo que tenho percebido, tem a necessidade de mostrar sua vitória diante da sociedade...Me pergunto, pra que isto...Mostrem respeito e serão respeitados...Com certeza, é o fim do mundo...