quinta-feira, 24 de abril de 2008

O ENCONTRO QUE JESUS ESPERA



Deus lhe manteve, até quando era certa a queda.
Da geração do exagero, eu movi tua íris
E me viste sem ver, não foi?, como a pedires
Que o amor entre nós fosse a mais cara moeda.

Deste o ombro ao que desprezo e amaste o que me apieda;
A um consenso sensual censuravas ao ouvires;
E, ao fazeres assim, me amavas por servires!
E, ah!, então vieste, e nada ao Meu rosto te veda.

“Vieste”, anuncia cada anjo com voz de urgência;
Selo o cílio e abro o colo: acabou tua ausência!
Incólome, fruirás do que o lar lhe ofereça.

Eis teu prato – à direita Abraão sentará, filho;
Mas antes: deixa-me beijar quem vem do exílio;
E ouça o Éden vir – descansa em meu peito a cabeça.



Leia em seu contexto original

Nenhum comentário: