Há alguns anos a psicóloga Susan Quiliam
começou a atualizar “A Alegria do Sexo”, um guia do prazer seminal da década de
70. Ao falar com britânicos sobre sexo, ela verificou uma curiosa mistura de
hedonismo e puritanismo. As pessoas aparentemente haviam se tornado mais abertas
a experimentos em suas vidas sexuais. Mas suas atitudes em relação à
infidelidade eram extraordinariamente pudicas.
Uma grande pesquisa publicada em 26 de novembro
confirma o palpite dela. A Pesquisa Nacional de Atitudes Sexuais e Estilos de
Vida (Natsal, na sigla em inglês) revela uma sociedade mais liberal e cada vez
mais tolerante em relação à diversidade sexual. Um número cada vez maior de
mulher teve algum tipo de experiência homossexual: 16% daqueles entre 16 e 44
anos, contra 10% em 2000.
Mas a permissividade não está em alta. Entre a
primeira e a segunda Natsal, em 1990 e 2000, a proporção de homens entre 16 e
44 anos de idade que reprovavam o sexo casual aumentou de 20% para 27%. No
relatório mais recente a proporção caiu novamente para 20%. E os britânicos
repudiam cada vez mais os casos extraconjugais. Em 1990, 45% dos homens
afirmaram que qualquer não exclusividade no casamento é errada. Agora 63% a
condenam. As mulheres são ainda mais rígidas: a proporção que condena os casos
aumentou de 53% para 70%.
A socióloga Catherine Hakim acha que a culpa
pode caber em parte à crise financeira. Em tempos de dureza econômica as
pessoas se apegam ao que quer que tenham, o que inclui parceiros, e as
aventuras sexuais se tornam menos aceitáveis. Quilliam acrescenta que os jovens
viram a destruição que a infidelidade criou entre seus pais e avós – as
primeiras gerações realmente livres para experimentar com o sexo casual.
Fonte: Opinião e Notícia
Apesar de a pesquisa indicar a rejeição ao sexo
conjugal, a batalha contra a impureza – em todas as suas formas – ainda parece
estar longe de ser ganha. E não será ganha pela sociedade como um todo,
infelizmente. Cabe a cada um rejeitar tudo o que não se coadune com o plano de
Deus, que consiste em sexo marital, monogâmico, heterossexual e feito em um
ambiente de amor, respeito e valorização mútua.
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