terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ONDE ESTARIA O PORCO?



Sobre qual leito o dorso repousara?
Qual outra roupa o corpo me cobrira?
Treva do olho escapara ao arder qual pira
– Cada qual fora como as demais clara!

Fosse a sorte qualquer, em meio à vara,
A chafurdar fornido o afã me vira.
De que vale o som, posta em lodo a lira?
Se hoje o amanhã compõe quando me encara,

E a mente goza de altas regalias,
Não alego talentos reunir
Que pelo uso alargassem os meus dias.

Houve algo – houve Alguém. Penso e sinto um misto
De euforia e paz. Visto haver porvir,
Jamais teria o que hoje eu tenho em Cristo.


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