segunda-feira, 23 de junho de 2008

A FINA FLOR DA IMITAÇÃO



Uma quadrilha vinha falsificando ingressos para jogos de futebol. Uma operação da polícia, oportunamente denominada “Operação Casa Cheia”, prendeu os principais envolvidos no esquema, que atuavam no Rio de Janeiro e Paraná. O dirigente do Coritiba, que percebeu o número excessivo de ingressos em alguns jogos do clube, e que foi quem primeiro acionou a polícia, assim se referiu à grupo de falsários: “Trata-se certamente de uma quadrilha que é a fina flor da competência delinqüencial”, frase que deixaria o próprio Rui Barbosa admirado, tal a elegância da construção.[1]

Sem dúvida, falsificações são (em tese) abomináveis em um mundo que diz prezar pela autenticidade. Ocorre que, ao contrário do que se poderia supor, esse é um mundo onde os jovens seguem se perto os cortes de cabelo de artistas e as passarelas já anunciam as tendências da moda que todo mundo usará. O que, de fato, é original neste mundo?

Mas Jesus, em sua remota época, sofria igualmente com a retórica dissimulada e a espiritualidade falseada. Ele declarou aos Seus discípulos que os frutos em nível pessoal seriam resultado de íntima comunhão com Ele (Jo 15:5); para estarmos ligados a ele em amor, devemos obedecer aos Seus mandamentos, sob a motivação que só o amor pode prover (João 15:10).

A mesma receita para uma vida frutífera e realizada – comunhão e obediência – continua se impondo, ao longo dos séculos, desmascarando cada nova farsa que os tempo inventam.

[1] Extraído de “Escândalo no futebol: fraude de venda de ingressos”, matéria exibida no programa “Fantástico”, edição de 22 de Junho de 2008, também disponível em http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1683687-4005,00.html.

Nenhum comentário: