segunda-feira, 30 de junho de 2008

ANTES COLÉGIOS, AGORA MOTEIS: ESCOLAS EMPENHADAS NA DISTRIBUIÇÃO PRESERVATIVOS MASCULINOS



O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta quinta-feira que o governo pretende produzir e distribuir 400 máquinas de camisinha para escolas que integram o programa Saúde e Prevenção nas Escolas. O anúncio foi feito no 7º Congresso Brasileiro de Prevenção das DST Aids, que ocorre em Florianópolis (SC), até sábado (28).

A iniciativa faz parte de um projeto piloto do Ministério da Saúde, iniciado no ano passado, que realizou um concurso entre os Cefet (Centros Federais de Educação Tecnológica) para a produção de máquinas de camisinha por menos de R$ 400. No exterior, o aluguel mensal dessas máquinas possui preço semelhante. A unidade de Santa Catarina ficou em primeiro lugar, seguida pela da Paraíba.

Divulgação

Máquina de distribuição de camisinhas que será instalada em escolas do país

A expectativa do ministério é que as máquinas comecem a ser produzidas - metade pelo Cefet-SC e metade pelo Cefet-PB - até o final do ano, e que as primeiras delas sejam distribuídas no começo de 2009. Ainda não há decisão sobre quais escolas serão contempladas nem sobre que critérios serão utilizados na escolha.

Segundo o Ministério da Saúde, o censo das escolas realizado em 2006 mostrou que cerca de 100 mil já trabalham o tema DST/Aids no currículo. Destes, por volta de 10% distribuem preservativos. São na maioria escolas públicas. O uso das máquinas e o acesso aos preservativos ficarão a cargo das próprias escolas.

O professor do Departamento Acadêmico de Metal-Mecânica do Cefet de Santa Catarina, Mário Roloff, que coordenou o grupo vencedor do concurso, diz que o protótipo da máquina prevê peso inferior a 30 kg e capacidade de 600 preservativos. O projeto apresentado no concurso indica corredores, banheiros e enfermarias como locais de instalação das máquinas.
De acordo com Roloff, a máquina será similar a um caixa eletrônico, e o aluno precisará da matrícula e de uma senha para retirar um número limitado de preservativos por semana. Os critérios quanto a quais os alunos autorizados e qual o limite serão também definidos pela escola, em acordo com os pais.

Polêmica

O tratamento dispensado ao tratamento da Aids tem gerado polêmica nas últimas semanas. No último dia 9, o chefe do departamento para HIV/Aids da OMS (Organização Mundial da Saúde), ligada à ONU, Kevin de Cock, afirmou em entrevista ao jornal britânico "The Independent" não haver mais risco de epidemia da síndrome entre heterossexuais, exceto na África subsaariana.

O Ministério da Saúde tem posição diferente e diz atuar no combate universal à Aids, como foco na educação sexual, por isso a criação das máquinas. Segundo o Programa Nacional de DST/Aids, na população em geral há 16 homens infectados pelo HIV para cada dez mulheres, enquanto que entre jovens de 13 a 19 essa proporção se inverte.


O uso de preservativos masculinos, ao contrário do que as pessoas são levadas a crer, não é a forma mais segura de presenção. Lembro-me de ter lido, ainda na época de faculdade, que os poros encontrados nas camisinhas barram o espermatozóide (impedindo a concepção), mas são dez vezes maiores do que o vírus HIV. Isso além do mau uso, do risco do preservativo romper-se, etc.

A verdade, que não é popular, está no fato de que apenas a abstinência sexual até o casamento pode prevenir seguramente a proliferação da AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis. Nos USA, já existem programas em escolas voltadas para a educação sexual abstinente. Enquanto isso, por aqui...

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