Ao ler a Bíblia, especialmente o Antigo Testamento, muitas vezes temos a sensação de que a questão linguística não era importante ou não se mostrava relevante para o povo da época. Em verdade, nos parece que todos falavam a mesma língua. Mas, além do relato da Torre de Babel (Gn 11:9), que fala sobre a divisão das línguas, há outro relato que mostra claramente a questão da variação linguística e que confirma, inclusive, teorias atuais para explicar a variação. Veja o texto abaixo:
"Porque tomaram os gileaditas aos efraimitas os vaus do Jordão; e sucedeu que, quando algum dos fugitivos de Efraim dizia: Deixai-me passar; então os gileaditas perguntavam: És tu efraimita? E dizendo ele: Não, Então lhe diziam: Dize, pois, Chibolete; porém ele dizia: Sibolete; porque não o podia pronunciar bem; então pegavam dele, e o degolavam nos vaus do Jordão; e caíram de Efraim naquele tempo quarenta e dois mil" (Jz, 12:5, 6).
A história nos fala de dois povos, outrora unidos, agora separados geograficamente. Gileade era uma região montanhosa a leste do Jordão. Ela foi habitada por parte do povo de Israel durante a posse de Canaã, especificamente as tribos de Rubem, Gade e a meia tribo de Manassés (cf. Dt 3:12, 13), que escolheram sua herança aquém do Jordão. Efraim era uma das tribos do povo de Israel que haviam se estabelecido além do Jordão (cf. Js 16). Os povos que habitavam Gileade e Efraim tinham a mesma origem - o povo de Israel que saiu do Egito e peregrinou 40 anos no deserto. Ou seja, linguisticamente, a origem era a mesma - eles falavam a mesma língua. Mas, após a posse de Canaã, as tribos se estabeleceram em territórios distintos e ali se desenvolveram. Assim, passou a haver uma barreira geográfica separando-os (no caso de Gileade e a tribo de Efraim, havia o rio Jordão). Essa separação já ocorria há cerca de 300 anos (cf. Jz 11:26) quando se deu o episódio descrito nos versos acima.
"Porque tomaram os gileaditas aos efraimitas os vaus do Jordão; e sucedeu que, quando algum dos fugitivos de Efraim dizia: Deixai-me passar; então os gileaditas perguntavam: És tu efraimita? E dizendo ele: Não, Então lhe diziam: Dize, pois, Chibolete; porém ele dizia: Sibolete; porque não o podia pronunciar bem; então pegavam dele, e o degolavam nos vaus do Jordão; e caíram de Efraim naquele tempo quarenta e dois mil" (Jz, 12:5, 6).
A história nos fala de dois povos, outrora unidos, agora separados geograficamente. Gileade era uma região montanhosa a leste do Jordão. Ela foi habitada por parte do povo de Israel durante a posse de Canaã, especificamente as tribos de Rubem, Gade e a meia tribo de Manassés (cf. Dt 3:12, 13), que escolheram sua herança aquém do Jordão. Efraim era uma das tribos do povo de Israel que haviam se estabelecido além do Jordão (cf. Js 16). Os povos que habitavam Gileade e Efraim tinham a mesma origem - o povo de Israel que saiu do Egito e peregrinou 40 anos no deserto. Ou seja, linguisticamente, a origem era a mesma - eles falavam a mesma língua. Mas, após a posse de Canaã, as tribos se estabeleceram em territórios distintos e ali se desenvolveram. Assim, passou a haver uma barreira geográfica separando-os (no caso de Gileade e a tribo de Efraim, havia o rio Jordão). Essa separação já ocorria há cerca de 300 anos (cf. Jz 11:26) quando se deu o episódio descrito nos versos acima.
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