quarta-feira, 8 de outubro de 2008

EM MEIO A UM MAR DE ESCOLHAS

MAR OPITATIVO



Qualquer lei vale quanto às velhas Tordesilhas.
Içam. Do porto esbatido há um tênue indício;
A rés da onda, acha-se um que, em meio a esse exercício,
Confira autoridade à bússola? Por milhas

A se pavonear cada onda, e as vêem de escotilhas,
Exinanindo a vista até que chegue ao exício,
Sem suspeição da fatuidade do seu vício…
E o oceano ajunta o sonho às sua maravilhas

Abissais. Antes de andar por sobre o trapiche,
E permitir que a mão para o leme se espiche,
Vê que a embarcação leva, além de ouro e lioz,

A existência – e o que é ela? Um palco dacriopeu?
Um fôlego tuitivo ao redor do próprio eu?
Ou ouvir Deus elevar sobre o mar Sua voz?

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