Tomando o exemplo dos apóstolos dos gentios (ou dos povos, para contextualizar a expressão), Bento XVI incentivou os católicos à prática do evangelismo. Mas como evangelizar num contexto pós-moderno, em que o princípio máximo é a valorização da diversidade e validação de qualquer verdade que determinado grupo local professe, em oposição à existência de uma verdade universal? Para o sumo-pontífice romano, a evangelização deve ser desempenhada "tendo em conta as diversas situações sociais e culturais, e as dificuldades específicas de cada um em conseqüência da condição de migrante e de itinerante", afinal "quanto mais a comunidade está unida a Cristo, mais ela se torna solícita na relação com o próximo, deixando de lado o julgamento, o desprezo e o escândalo, e se abrindo para o acolhimento recíproco". (a afirmação foi publicada pelo Estadão).
Curiosamente, existe um reducionismo na forma de enxergar o exemplo dado pelo apóstolo Paulo. Por que não sermos fiéis aos fatos, e resgatarmos o fato de que Paulo não abria mão de princípios ao evangelizar, tendo vivido de forma exemplar um cristianismo auto-sacrifical (II Tm. 4: 7 e 8), coerente com seu entendimento de lei e graça (Rm. 3:31; 7:7-12), inclusive respeitando o sábado em um contexto de evangelização entre os povos não-judeus (At. 16:13-15). Seria demais pedir que Roma enxergasse em Paulo um exemplo na questão de obediência aos verdadeiros mandamentos de Deus?
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