Para Bento XVI, o papa Pio XII (1876 —1958) deveria ser beatificado. O processo de beatificação consiste no primeiro passo que se dá para a canonização (quando alguém é reconhecido como santo). A questão está nas diversas controvérsias envolvendo o pontificado de Pio XII (de 1939 a 1958). Já publicado em terras tupiniquins, o livro "O Papa de Hitler", de John Cornwell (Imago, 2000) conta justamente a omissão de Pio XII durante o Holocausto. Para muitos, o pontífice da Segunda Guerra era um anti-semitista ou, na melhor das hipóteses, alguém sem muito compromisso com os direitos humanos.
Nem precisamos enfatizar que o atual papa, Bento XVI, discorda veementemente desta pressuposição. Para o líder católico-romano "Pio XII sempre atuou de maneira secreta e silenciosa porque, à luz das situações concretas desse momento histórico complexo, teve a intuição de que era o único meio de poder evitar o pior e salvar o maior número possível de judeus." ( O Tempo) Agora só resta a Bento XVI afirmar que o extermínio dos valdenses foi um ato humanitário e que, Pio XII, sendo canonizado, será o padroeiro dos judeus!
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