Não era o movimento das ondas – mãos, mãos de homem
Sacudiam seu corpo, num gesto que continha
Desespero e perguntas quase em mesma medida.
Acordou contendo a rabugice ao máximo.
Soube do quadro: todos em risco, inclusive ele.
Mas apenas ele era conhecedor das causas
Que levaram as águas a uma fúria sem páreo.
Por ora, ocultou a desobediência.
Não durou muito, deve ser dito: os marinheiros
Tomaram consciência de que tinham entre eles
Alguém que discordara do Céu; mais que a borrasca,
A notícia trouxe arrepios a todos.
Foi jogá-lo ao mar para o tempo acalmar-se!
E o barco seguiu com os homens de fé.
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